sábado, 1 de março de 2008

O QUE SERÁ QUE ACONTECEU COM A KAROL? A SEGUIR O PRÓXIMO CAPITULO DA SÉRIE: HAVE A HOBIE DAY...16

BARRA DA LAGOA

E nisso fui cambando e enrolando a enjoada proeira até que chegamos na Barra da Lagoa.
Havia uma escolinha de surfe e nós descemos a onda, do ladinho do farol, aterrizando na praia. E falo aterrizando porque pelo olhar das pessoas aquilo mais parecia uma nave vinda de outro planeta.
Logo apareceram os curiosos hermanos argentinos para sacar umas fotos enquanto a Dna. Karoline saia de roupa de borracha pelo meio da rua atrás de um remédio para enjôo.
Depois de uns 30 minutos e de eu já ficar puto com a espera, vem a moça me chamando e dizendo.
- Mariôooo, vem cá. Vem cá. (Karol)


Eu não entendi nada.
- O que tu queres? Vamos logo mulher. Tu demora demais. (Mario)
- O cara da farmácia me deu um Dramin e depois que eu tomei aquele imbecil me disse que ia me dar sono. (Karol)
- Daí eu falei umas três vezes...tu ta brincando comigo né!?!?! (Karol)
- O que tu queres que eu faça agora? Que aperte tua barriga pra tu vomitares ou vá lá dar uma porrada no cara da farmácia? Tu ta me tirando pra tabacudo mulher, me deixando esperar esse tempão e vir com essa papo furado ai. Sobe nessa porra logo e deixa de enrolar...aproveita e dorme no barco. Temos um monte de caminho pela frente. (Mario)
Saímos da praia sem grandes dificuldades, apesar das ondas e do monte de aprendiz de surfista na nossa frente. Pegamos um pequeno contra vento e fomos em direção a Galheta.


GALHETA, PRAIA MOLE E JOAQUINA
Esses três obstáculos foram vencidos na persistência. O vento estava fraco demais e não havia como parar.
Muitos rochedos e praia com muitas ondas não nos deixaram pensar em aportar em nenhuma daquelas três praias.
Eu já estava pensando em desistir e parar na primeira praia decente que encontrasse. A idéia seria deixar o barco numa praia daquelas, pegar uns ônibus de volta a Jurerê e mais tarde voltar para buscar o barco, de carro e reboque.
Apesar do enjôo da proeira haver melhorado, o sono provocado pelo remédio era um novo obstáculo para ela. Não achava graça em nada. Não queria beber. Não queria comer...mas com o tempo resolveu beber um pouco de água e comeu uma maçã.

CAMPECHE

Daí surgiu um resquício de sol e com ele um ventinho suave. E a reboque, a esperança. E a ilha do Campeche, que tempos atrás mais parecia uma miragem, agora crescia diante dos nossos olhos, para tentativa de alegria da já sofrida tripulação.
Empurrados pelo vento e pela vontade de ancorar e descansar um pouco, nos fincamos no firme propósito de parar na ilha do Campeche e decidir se iríamos parar em definitivo na praia com o mesmo nome, na praia da Armação ou, se o vento melhorasse, seguiríamos em frente.



- Mario. Isso é Fiji. (Karol)- Pois é...que água limpinha. Que lugar lindo. (Mario)
Logo fomos interceptados por uma jovem fiscal (monitora) nos pedindo para tirar o barco da praia, dizendo que era proibido e coisa e tal. Falei que estávamos ali esperando o vento e ela entendeu. Aliás, ficamos conversando um bocado e no final até dois beijinhos eu dei na danada.
Ela me explicou das belezas da ilha, de como o ambiente é preservado, da introdução dos quati’s naquela reserva. Disse que eram mais de 400 animais. Muitos deles ladrões de bolsa e celulares dos turistas. Mas, a maioria gosta mesmo é de um biscoito traquinas.
Passamos uns 45 minutos ali na ilha. O tempo necessário para avaliar as condições e decidir pela continuidade da empreitada, ao menos até um pedaço mais.
Dali se avistava um grande paredão de rocha. A nossa idéia era seguir viagem até Pântano do Sul, já que lá seria melhor para comer e deixar o barco, já que as águas são calmas. De lá até Jurerê, segundo a informação da jovem monitora da ilha, seriam 4 (quatro) ônibus. Essa informação talvez tenha sido determinante mais adiante. Porque pegar 4 ônibus era danado!
Foto: Saindo da ilha em direção a Pântano do Sul

MORRO DAS PEDRAS, ARMAÇÃO, MATADEIRO, LAGOINHA DO LESTE
Por essas praias passamos ao largo. Não chegamos nem perto da costa, devido aos ventos fracos e forte corrente, o que nos obrigou, por cautela, a manter o barco afastado dos paredões e arrebentações.
Armação é uma praia super charmosa. Me parece um bom local de veraneio. O ponto negativo é a pouca areia de praia. Morro das Pedras nem deu para notar. Matadeiro me pareceu ser uma praia pouco habitada. Notei uns gatos pingados por lá, vendo de longe. Talvez devido ao tempo ruim.
Estávamos buscando Pântano do Sul. E o vento fraquinho nos fez afastar da costa por alguns instantes. Era um constante aproximar e afastar. E num desses movimentos de afastamento vislumbramos as três ilhas que nos conduz ao ponto da curva da Ilha de Florianópolis (naufragados).
Então decidimos conferir. Na verdade, estávamos procurando Pântano do Sul e como entramos muito no mar, vislumbramos a possibilidade de tentar fazer a curva na ilha, ao invés de terminar a missão ali em Pântano do Sul.
E não deu outra. Por volta das 14:09hs finalmente chegamos na pontinha da Ilha. Um lugar sinistro e com forte corrente e que muitos me avisaram tratar-se de um local perigoso. Ali o vento já passava de través para quase contra vento.


AVENTURA CONTINUA aguarde com paciência - que o vento está fraaaaco....

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