terça-feira, 2 de dezembro de 2008

ACIDENTE - PROVOCA DISCUSSÃO - É ABERTO UM PROCESSO NA PROCURADORIA DA UNIÃO - A SOLUÇÃO: PROIBIR O WINDSURF E O KITESURF NA LAGOA - PARTE II

Hoje se alertamos: "As crianças estão pisando nas linhas." Somos agredidos - e não é nada pessoal - as pessoas não tem argumento - os acidentes acontecem por que o vento vira - por que o velejador se descuidou...não conheço as pessoas, e por mais cuidadosas que sejam - o vento não é cuidadoso e não obedece ninguém - linha de kite e criança - desculpe senhor - não combinam...

este espaço está aberto a qualquer pessoa que se sinta prejudicada e consiga defender que o espaço entre a água e a Avenida das Rendeiras é o local adequado - que o espaço é suficiente para montar o kite - e que não existe risco algum nas linhas - e que o kite não vai voar... Podemos montar um parquinho e misturar as crianças e os kites?
HISTÓRIA:
Em 2002 - éramos quatro escolas na Lagoa da Conceição - a Estação do Vento, do Maurinho, a Windcenter - Dudu Shultz e Testa - a Open Winds do Adrien Caradec, e nós do Planeta Água - fomos convidados a participar das reuniões - e ficamos perplexos - pois a solução apontada para o problema da segurança na Lagoa da Conceição era a proibição do Kitesurf e do Windsurf.


Nesta época velejavam de kitesurf aproximadamente umas 15 pessoas - todas perfeitamente identificadas - pois eram egressos do Windsurf. A proposta da Capitania dos Portos era zonear a Lagoa - na Avenida das Redeiras o único acesso para os Windsurfs seria junto com as escunas e o Kitesurf não teria entrada.

Os pontos para entrada do Windsur e kitesurf seriam nas outras entradas da Lagoa. A área de velejo para ambos os esportes(kitesurf e windsurf) seria um quadrado no centro da Lagoa. As lanchas teriam um corredor sinalizado - que cortaria a Lagoa e nenhuma embarcação poderia atravessar, isto é, barcos, windsurfs e kitesurfs.

Foram inúmeras reuniões - e, assumimos a liderança e passamos a defender algumas propostas diferentes, daquelas apresentadas, conseguimos convidar outras Associações e Clubes interessados no velejo à Vela na Lagoa e passaram a fazer parte do grupo, o LIC - Lagoa Iate Clube, a Federação Catarinense de Vela, a AVELISC ( entidade que congrega os velejadores de mini-oceano) - e surgia na época os Windbrothers (site que tem o objetivo de promover a integração dos velejadores - liderado pelo Celso ) e passamos a buscar outras alternativas que não fossem drásticas como aquelas propostas. A empresa, principal prejudicada com as propostas de proibição, seria a Open Winds, que tinha em sua guarderia na época, mas de 100 equipamentos de Windsurf. Em 2002 a Open Winds não era escola de Kitesurf, ensinava Windsurf - chegando a ter mais de 15 velas na água, em um mesmo momento. O nível das pessoas era extraordinário - a convivência pacífica e amistosa.

Foi um enorme aprendizado - um exercício de democracia - todos mantendo o foco no quesito segurança - a Capitania dos Portos - apesar de possuir uma posição contrária aquela apresentada por nós - foi parceira, em nenhum momento usou de poder ou foi autoritária - escutou, aceitou nossos argumentos, nos convidou a registrar as escolas - proferiu palestas para os velejadores.
E foi assim que fechamos um acordo que passamos a relatar:

- A Avenida das Rendeiras seria exclusiva para pouso e decolagem dos kites;
( Na época existiam na Open Winds - 5 kites )
- O velejo de Windsurf acima da linha dos 200m.
- Como existiam duas escolas - o Planeta Água e a Open Winds - as escolas poderiam ensinar a partir dos 100 metros;
- O velejo de kite seria no outro lado da Lagoa ( antena ), Ponta da Almas e no Paraíso;
- Aulas de kitesurf - igualmente seriam ministradas no outro lado da Lagoa e nos mesmo lugares;
- Nos comprometemos Open Winds, Planeta Água, Windcenter e Estação do Vento, a esclarecer os velejadores a respeito dos acordos realizados e devidamente registrados na Procuradoria da União.
- Propusemos que a segurança da Lagoa fosse realizada por um Salva-Vidas localizado no Posto Policial situado nas Rendeiras - que tería como missão principal - além de proteger os banhistas - nos proteger ( velejadores ) da Lanchas - teríamos outro ponto no morro da Lagoa - no Ponto de Vista que cedeu inclusive uma lugar para colocação de uma guarita. Nós falamos com os empresários donos do local que cedeu o espaço. ( Sugestões apresentadas pelo Moura da Avelisc e Celso do Windbrothers)
Tudo foi acordado entre as escolas Open Winds - Adrien Caradec - Windcenter - Dudu Schultz e Rodrigo Daura Brito e Estação do Vento - Maurinho - nada saiu da nossa cabeças - foram decisões consensadas.
Mudamos de idéia? O que aconteceu?

Nenhum comentário: